Ex-prefeita de Dom Pedro é presa na ‘Operação Agiotagem’
Ex-prefeita de Dom Pedro é presa na ‘Operação Agiotagem’
Por Isisnaldo Lopes - 01/04/2015 ás 06h52
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A ex-prefeita de Dom Pedro, 324 Km de São Luís, Maria Arlene Barros, foi presa na manhã desta terça-feira (31), na sua residência, na capital, durante a “Operação Agiotagem” da Polícia Civil, que investiga o envolvimento de gestores e ex-gestores públicos com esquemas de agiotagem para fraudar licitações. A polícia acredita que mais de R$ 5 milhões foram desviados da prefeitura de Dom Pedro, entre 2009 e 2012.

A “Operação Agiotagem” é um desdobramento da “Operação Detonando” que foi iniciada após o assassinato de Décio Sá, em 2012, e culminou na prisão do assassino confesso do jornalista, Jhonathan Silva, em fevereiro de 2014 e outras 8 pessoas. A polícia na época apreendeu documentos importantes que levaram a desmembrar esquemas de agiotagem em todo o estado comandado pelos empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho que estão presos desde o dia 13 de junho 2012.

“Naquela ocasião foram apreendidas dezenas de caixas de documentos, eram cheques contratos, documentos relativos a processos licitatórios. Esses mesmos documentos indicaram que havia ligação estreita daquele grupo de agiotas com diversos gestores e ex-gestores públicos aqui no estado do Maranhão”, explicou do delegado-geral da Polícia Civil,  Augusto Barros.

Segundo o delegado-geral houve enriquecimento ilícito da ex-gestora de Dom Pedro e outros envolvidos no esquema por meio da manipulação de licitações com o objetivo de contratar pessoas que não estavam habilitadas para o fornecimento de produtos como merenda escolar e medicamentos.

O advogado da ex-prefeita, Marcos Vinícius, disse que o pedido de prisão foi fundamentado na falta de residência fixa da ex-prefeita. “É um pedido de prisão contraditório, pois na hora da prisão souberam encontrar o endereço dela. Vamos protocolar ainda hoje o pedido de revogação da prisão”, disse.

Além da ex-prefeita, também foram presas outras três pessoas. “Nós tínhamos envolvimento direto da ex-gestora e de parentes da ex-gestora na manipulação desses recursos”, disse o delegado-geral.

A polícia está cumprindo 38 mandatos de busca e apreensão, além dos dois mandados de prisão. “Nós temos ainda um rol extenso de conduções coercitivas a serem realizadas, temos um rol também numeroso de buscas e apreensões que ainda estão em andamento, elas se concentram não apenas em São Luís, mas também em alguns municípios do estado”, finalizou o delegado-geral Augusto Barros.

Com informações do J. Pequeno 

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