Pacientes que precisam de hemodiálise fizeram um protesto ontem quinta-feira (2), contra o atraso no repasse de verba da Prefeitura de Imperatriz para as duas clínicas que realizam o tratamento pela rede pública. Sem dinheiro, as clínicas ameaçam suspender as sessões de tratamento. Quem precisa de atendimento teme que o quadro clínico possa piorar diante a situação. Cerca de 400 pacientes realizam o tratamento na cidade.
Um grupo de pessoas que faz hemodiálise, acompanhado de familiares e amigos, levou faixas até o prédio da Prefeitura Municipal para cobrar uma resposta sobre o problema, segundo alguns dos pacientes que realizam tratamento, as sessões têm diminuído e correm o risco de acabarem.
O correto segundo os pacientes, é fazer uma sessão de hemodiálise com duração de quatro horas, três vezes por semana. Porém, muitos relatam que estão fazendo apenas a metade do tempo. “O horário normal é quatro horas de procedimento. Na segunda-feira a sessão foi de três horas, e ontem, na quarta-feira, já tinha diminuído para duas horas e meia”, disse Raimunda Conceição, que faz hemodiálise há cinco anos.
“Se acabar o tratamento, está todo mundo morto. Eu sou pai de família também”, protesta o paciente Francisco Lemos, que há três anos faz tratamento.
A CDR- Clínica de Doenças Renais e a CNI- Clínica de Nefrologia de Imperatriz, são as duas clínicas que realizam o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os proprietários das clínicas afirmam que o Município não está repassando o dinheiro enviado pelo Ministério da Saúde. Eles alegam que o último pagamento foi feito outubro, com um atraso de aproximadamente 3 milhões de reais.
Durante o manifesto, o grupo foi atendido pelo secretário de governo, Marlon Moura, onde afirmou que o atendimento “não vai parar de forma alguma. Nós vamos melhorar e intensificar”.
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